terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Oficina de Coco de Toré com Nilton Junior
Fundador e membro do grupo Pandeiro do mestre, uma das grandes referências de coco do país, Nilton Júnior está de passagem por Goiânia e aproveita para deixar um pouco de seu conhecimento. Com mais de 20 anos de carreira, um dos maiores coquistas de Pernambuco e pesquisador do coco de toré estará amanhã na Casa da Juventude Padre Burnier. As oficinas custarão R$10 e serão ministradas das 15h às 18h30 amanhã (08).
A quem gosta de percussão e canto, se interessa pela música pernambucana e da fusão afro-indígena, será uma grande oportunidade de aprofundar conhecimentos e ter vivências interessantes. Nilton Júnior é compositor, arranjador e produtor musical. Domina, além de percussão, viola, violão, guitarra e bandolim. Viajou o mundo com o grupo Chão e Chinelo e está em Goiânia para produção do CD do grupo coquista Passarinhos do Cerrado.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Fim de semana de festivais
Fim de semana passado (19, 20 e 21) tivemos a alegria de participar de dois festivais muito bacana e muito distintos. Numa ponta, o maior festival de rock independente que expande sua programação incorporando nossa música regional. O público, assim como a curadoria, se mostrou muito aberto e receptivo à nossa música. Além disso, ficamos felizes de participar de um festival que tem na programação do mesmo dia Otto e Nina Becker.
Veja video clicando aqui.
Na outra ponta, vamos às raízes participar do Segundo Festival Kalunga, em Cavalcante, norte do estado. Momentos de pura riqueza cultural, em que sentimos toda nossa cultura goiana apresentada em diversos grupos. Nossa apresentação foi única: uma roda de coco com muita interação com os kalungas e participação, inclusive da onça (da Caçada da Rainha). Veja video e fotos abaixo.
Veja video clicando aqui.
Na outra ponta, vamos às raízes participar do Segundo Festival Kalunga, em Cavalcante, norte do estado. Momentos de pura riqueza cultural, em que sentimos toda nossa cultura goiana apresentada em diversos grupos. Nossa apresentação foi única: uma roda de coco com muita interação com os kalungas e participação, inclusive da onça (da Caçada da Rainha). Veja video e fotos abaixo.
domingo, 24 de outubro de 2010
Viva Goiânia!
Foto: Fabrício Nobre
Hoje é aniversário de nossa querida capital, onde nascemos, fomos criado, vivemos, criamos nossa música e participamos do crescimento cultural aos seus 77 anos.
Ontem tivemos o grande prazer de participarmos da comemoração do aniversário promovida pela Prefeitura. Além de nós, tocaram na Vila Mutirão Coletivo V, Grace Carvalho, Gloom, Hellbenders, Bang Bang Babies e Black Drawing Chalks. Uma grande estrutura e só lamentamos a pouca divulgação e por isso, pouco público.
Mas já é uma grande iniciativa da Prefeitura promover programações culturais no aniversário (ontem tb tocaram Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Alceu Valença e Terra Samba em outros pontos da cidade) e vamos melhorando a cada aniversário!
Para homenagear, ontem tocamos pela primeira vez a Ciranda do Improviso, que homenageia Goiânia. Aqui vai a letra. Pra quem quiser ouvir, vá no próximo show! rs. Ou 2011 vem ai nosso CD! rs.
Ciranda do Improviso
Rodrigo Kaverna
Eu tive que ir embora
Reativar minha memória
Pra ciranda eu cantar
Porque aqui, quem canta ciranda
Tem que saber também improvisar
Cantei ciranda até o sol raiar
No improviso quis voltar
Essa ciranda tem muita criança
Tem quem não sabe canta
Quem não canta, pode dançar
Meu peito entoa, minha dor não é à toa
Tem lembrança que invade
Que até me fez chorar
Sou velho amigo da minha linda cidade
Tem poesia e tem coragem
De que posso me orgulhar
Tem artista de verdade
Um artista popular
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Agenda!
Atualizando pra quem quer acompanhar nossos shows!
21.08 - "A Peleja da Menina que Caiu em Conversa de Passarinho" na Casa da Juventude, St. Universitário, às 20h. Entrada franca!
26.08 - Show no Festival de Inverno de Anápolis
28.08 - Feijoada dos amigos dos Passarinhos do Cerrado. Mais informações logo mais.
11.09 - Noite do Coco com Passarinhos do Cerrado e Renata Rosa. Mais informações logo mais.
21.08 - "A Peleja da Menina que Caiu em Conversa de Passarinho" na Casa da Juventude, St. Universitário, às 20h. Entrada franca!
26.08 - Show no Festival de Inverno de Anápolis
28.08 - Feijoada dos amigos dos Passarinhos do Cerrado. Mais informações logo mais.
11.09 - Noite do Coco com Passarinhos do Cerrado e Renata Rosa. Mais informações logo mais.
domingo, 8 de agosto de 2010
Voa Passarinho, Voa
Agora em Julho estivemos pela 3ª vez tocando no Encontro de Culturas Tradicionais dos Povos da Chapada, em São Jorge. Pela 1ªa vez no Palco Principal. Foi uma grande emoção e satisfação estar ali representando nossa cultura, fazendo nosso som que transcende as barreiras dos estados, nosso coco goiano. O Festival sempre teve um valor muito especial para nós, por ter sido um dos primeiros locais a receber nosso som em 2008, na casa de Culturas Cavaleiros de Jorge. Foi lá que conhecemos pessoalmente, nesse mesmo ano, logo no início de nossa descoberta do coco, o grupo Pandeiro do Mestre, com quem aprendemos muito. É nesse festival que conhecemos e descobrimos nossas manifestações culturas da Chapada. A repercussão foi muito bacana e temos colhido bons frutos! Um deles vem abaixo, um texto que chegou ao nosso e-mail de Gustavo Meyer, que assistiu à apresentação e fez uma resenha do nosso show. A gente publica aqui com muita satisfação e emoção! Obrigada, Gustavo!
Voa Passarinho, Voa
Os Passarinhos do Cerrado, grupo autenticamente goiano, foram o ponto alto do X Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, realizado na Vila de São Jorge. Para os desavisados a performance do grupo surgiu assim, de brinde. E que brinde! Grupo ousado, chegou dando a entender – dando a cumprir – que ia tocar só côco, ritmo tradicional do Nordeste. Mas os passarinhos não encantaram só por isso, mas especialmente por serem, suas e seus integrantes, autenticamente goianos. Goianos, no olhar, goianos, nos trajes, na postura e na atitude: simples e próprios. Nunca havia visto grupo goiano chegar assim, com panca humilde, e dizer “olha gente, a gente veio e vai tocar só côco pra vocês”. Fui testemunha: o êxtase aconteceu. Dia seguinte, reclamação generalizada: dor nas pernas. Ô coisa boa!
Musicalmente falando, me chamou a atenção o côco sustentado por um coral de canárias, ou de belas moças, característica forte do grupo. A percussão... ah, a percussão... simples e ao mesmo tempo forte, especialmente grave, embora tendo em sua composição pandeiro e outros instrumentos. A voz masculina solista, goiana e estonteante. Um golpe aos desavisados. O repertório, muito autêntico, no qual algumas das músicas contendo preciosos intervalos de silêncio.
Esteticamente, um estrondo... O que seria esperado, por exemplo, das roupas de um grupo de cultura popular que se propõe a tocar côco? Em minha mente apenas me vêm os trajes coloridamente homogêneos do mundo alternativo. Até essa difícil barreira esteve transposta na segunda-feira à noite, um pouco nas cores, mas principalmente nos recortes e tamanhos e tecidos, por sua vez, e mais uma vez, autenticamente goianos, com forte influência das feiras populares. Tenho visto muitos grupos de cultura popular e, por conta disso, digo que não poderia sequer imaginar que aquele conjunto de semblantes goianos, se propondo a explorar um elemento a ele originalmente alheio (o côco), poderia causar tamanho estrondo. Parabéns Passarinhos, e que façam bom e longo vôo!
Gustavo Meyer
Voa Passarinho, Voa
Os Passarinhos do Cerrado, grupo autenticamente goiano, foram o ponto alto do X Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, realizado na Vila de São Jorge. Para os desavisados a performance do grupo surgiu assim, de brinde. E que brinde! Grupo ousado, chegou dando a entender – dando a cumprir – que ia tocar só côco, ritmo tradicional do Nordeste. Mas os passarinhos não encantaram só por isso, mas especialmente por serem, suas e seus integrantes, autenticamente goianos. Goianos, no olhar, goianos, nos trajes, na postura e na atitude: simples e próprios. Nunca havia visto grupo goiano chegar assim, com panca humilde, e dizer “olha gente, a gente veio e vai tocar só côco pra vocês”. Fui testemunha: o êxtase aconteceu. Dia seguinte, reclamação generalizada: dor nas pernas. Ô coisa boa!
Musicalmente falando, me chamou a atenção o côco sustentado por um coral de canárias, ou de belas moças, característica forte do grupo. A percussão... ah, a percussão... simples e ao mesmo tempo forte, especialmente grave, embora tendo em sua composição pandeiro e outros instrumentos. A voz masculina solista, goiana e estonteante. Um golpe aos desavisados. O repertório, muito autêntico, no qual algumas das músicas contendo preciosos intervalos de silêncio.
Esteticamente, um estrondo... O que seria esperado, por exemplo, das roupas de um grupo de cultura popular que se propõe a tocar côco? Em minha mente apenas me vêm os trajes coloridamente homogêneos do mundo alternativo. Até essa difícil barreira esteve transposta na segunda-feira à noite, um pouco nas cores, mas principalmente nos recortes e tamanhos e tecidos, por sua vez, e mais uma vez, autenticamente goianos, com forte influência das feiras populares. Tenho visto muitos grupos de cultura popular e, por conta disso, digo que não poderia sequer imaginar que aquele conjunto de semblantes goianos, se propondo a explorar um elemento a ele originalmente alheio (o côco), poderia causar tamanho estrondo. Parabéns Passarinhos, e que façam bom e longo vôo!
Gustavo Meyer
domingo, 23 de maio de 2010
AGENDA - JUNHO E JULHO
Prepara a saia e segura o coco em junho e julho!
05.06 (Jaraguá) - I Mostra Regional de Artes Cênicas da FETEG
08.06 - Pousada do Rio Quente
19.06 - Arraiá dos Passarinhos do Cerrado com Coco Raízes de Arcoverde, Quadrilha Circo Laheto e Quadrilha Arriba a Saia
Circo Lahetô, R$10 antecipado
28.06 - Segunda Aberta
Goiânia Ouro, R$10
10.07 - Participação na Gravação do DVD Vida Seca
Circo Laheto, R$5
17.07 - RocknGol R$15
05.06 (Jaraguá) - I Mostra Regional de Artes Cênicas da FETEG
08.06 - Pousada do Rio Quente
19.06 - Arraiá dos Passarinhos do Cerrado com Coco Raízes de Arcoverde, Quadrilha Circo Laheto e Quadrilha Arriba a Saia
Circo Lahetô, R$10 antecipado
28.06 - Segunda Aberta
Goiânia Ouro, R$10
10.07 - Participação na Gravação do DVD Vida Seca
Circo Laheto, R$5
17.07 - RocknGol R$15
terça-feira, 20 de abril de 2010
Hoje! Festa de Aniversário!
Geeeente, gente!
Não dá pra perder! É hoje nossa festa de aniversário de quatro anos.
Haverá muitos elementos bacanas que representam esses anos.
Adianto que as participações especiais vão ser lindas!
E que teremos um mural com nossas fotos bem divertido!
Olha só a matéria que saiu no O Popular hoje!
Agradecemos a atenção do repórter Renato Queiroz e pela foto do Fredox!
Beijos e esperamos por vocês às 22h no Circo Lahetô!
domingo, 18 de abril de 2010
Ciranda Cultural do Cerrado
Vocês se lembram quando falamos do Ciranda Cultural do Cerrado?
Vamos falando um pouco mais. É um projeto do Instituto Brasil Central, financiado pelo Ministério do Turismo. A proposta é sair rodando pelo interior de Goiás, divulgando a PEC 115 que reconhece o Cerrado como bioma. O que ganhamos com isso? Verbas para presevação de nosso Cerrado! O que está passando da hora. Esse projeto visa atentar o povo goiano para essa importante demanda através de cultura! O evento, além das apresentações culturais, oferece oficinas de culinária, percussão, por exemplo, de mídias, palestras sobre projetos sócio-culturais; além de exposições de arte.
Como já disse, uma das coisas mais legais é que são sempre duas atrações de Goiânia e duas da cidade. Então há muitas coisas tradicionais muito bonitas e de qualidade por aí. Folia, fiandeiras, catira, modas de viola e até coco a gente achou! Em Janeiro participaram do projeto, além da gente, o Cega Machado, Vida Seca, Umbando e Sertão. Nós passamos por...
Pirenópolis.
Formosa.
Ceres.
Porangatu.
E Goiânia.
E ontem fomos pra Jataí! E vejam só... figurino novo! Desenvolvido pelas marcas Balaque e Lord Dogs. Fez sucesso!
Vamos falando um pouco mais. É um projeto do Instituto Brasil Central, financiado pelo Ministério do Turismo. A proposta é sair rodando pelo interior de Goiás, divulgando a PEC 115 que reconhece o Cerrado como bioma. O que ganhamos com isso? Verbas para presevação de nosso Cerrado! O que está passando da hora. Esse projeto visa atentar o povo goiano para essa importante demanda através de cultura! O evento, além das apresentações culturais, oferece oficinas de culinária, percussão, por exemplo, de mídias, palestras sobre projetos sócio-culturais; além de exposições de arte.
Como já disse, uma das coisas mais legais é que são sempre duas atrações de Goiânia e duas da cidade. Então há muitas coisas tradicionais muito bonitas e de qualidade por aí. Folia, fiandeiras, catira, modas de viola e até coco a gente achou! Em Janeiro participaram do projeto, além da gente, o Cega Machado, Vida Seca, Umbando e Sertão. Nós passamos por...
Pirenópolis.
Formosa.
Ceres.
Porangatu.
E Goiânia.
E ontem fomos pra Jataí! E vejam só... figurino novo! Desenvolvido pelas marcas Balaque e Lord Dogs. Fez sucesso!
Pouco mais de Passarinhos
Estamos construindo nossa identidade visual junto à Engenho, suporte em comunicação. Eles nos fizeram algumas perguntas beeem legais que achei interessante pôr aqui pra entenderem melhor nosso trabalho, o que a gente pensa, faz, toca, sonha... enfim!
Vejam só:
1)De forma sintética, apresente um breve historio do Grupo. Quais os destaques dentro da trajetória?
Os Passarinhos do Cerrado nasceram há quatro anos, quando começamos a colocar em prática a idéia de trabalhar com cirandas e cantigas de roda. Era um trabalho muito simples, quase ingênuo, mas bonito, que encantou muitas pessoas. Pessoas saíram, pessoas chegaram e no meio do caminho nos apaixonamos pelo coco. Então, há dois anos a proposta mudou bastante.
Temos dois projetos: um de show (palco) e o outro um espetáculo musical (“A peleja da Menina que caiu em conversa de Passarinho”) que atinge todas as faixas etárias. Este espetáculo é o desenvolvimento do trabalho original com a ciranda. Recebemos financiamento da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, e em 2009, com o grande apoio da atriz e bonequeira Izabela Nascente, bem como de toda a Cia Teatral Nu Escuro, criamos esta peça.
O coco é um ritmo de origem nordestina (PB, PE, AL) que tem sido muito bem aceito em Goiás, por ser um ritmo dançante e apaixonante. O nosso público cresce cada dia mais, o que nos deixa realizados, pois acreditamos estar contribuindo para o fortalecimento da cultura popular brasileira e para a diversificação cultural em nosso Estado.
Inicialmente trabalhávamos em nosso repertório cantigas de coquistas pernambucanos, como o grupo Coco Raízes de Arco Verde, Pandeiro do Mestre, Renata Rosa, Cumade Fulôzinha, Zé Neguinho do Coco, Aurinha do Coco, Selma do Coco, e outros. Com o tempo, passamos a cantar músicas autorais, e hoje o nosso repertório é apenas de músicas autorais, cujas letras, na sua maioria, se referem a elementos da cultura goiana e do cerrado.
Hoje buscamos aprofundar e ousar nessa hibridização, agregando elementos rítmicos da folia de reis, congada e catira à matriz do coco, conduzindo a um ‘coco de folia’. Isso interferiu na criação de nossos figurinos, que se adéquam aos temas das nossas canções. O primeiro se referia aos Orixás do Candomblé, enquanto que o segundo já traz elementos do Cerrado como as cores e as flores.
Ultimamente temos participado de vários eventos institucionais em Goiânia e no interior do Estado. Percebemos que tem sido uma preocupação do poder público o fortalecimento e a divulgação da cultura popular, e que o grupo tem sido uma expressão da cultura popular goiana.
Também temos nos dedicado a perpetuar o trabalho, passando pra frente o que aprendemos. Hoje já existe em Goiânia um outro grupo de Coco, o grupo Ponta de Pedra, formado por jovens de 12 a 18 anos, que aprenderam o coco com o Passarinhos do Cerrado e tem conduzido a sua carreira independentemente, sendo reconhecidos por seu talento e responsabilidade.
2)Quais as particularidades do grupo? Quais os valores que conduzem o trabalho?
Acreditamos que uma característica do grupo que o diferencia dos demais e mantém a sua coesão é a autogestão. Não há hierarquia. Tanto no palco quanto na produção e organização. No palco todos cantam e tocam e nos posicionamos lado a lado, sem destacar ninguém.
No centro fica o bombo, que é o instrumento que marca o pulso, o tempo, é o coração do grupo. Na produção, as tarefas são distribuídas igualmente de acordo com as afinidades e habilidades de cada integrante. O que garante o desenvolvimento do grupo é o trabalho em equipe, as diferentes personalidades e habilidades dos integrantes, o companheirismo, talvez mais do que o talento, pois ainda temos muito a crescer sob o aspecto musical.
Também o que nos diferencia é o propósito do nosso trabalho, em defesa da cultura popular brasileira e preservação do cerrado.
Como trabalhamos praticamente sozinhos, acabamos nos dividindo em mil pra darmos conta do recado. Extrapolamos os horários, os limites, o cansaço. E o que explica toda essa dedicação é o amor, a paixão, o comprometimento por um sonho que a gente viu nascer, crescer e agora, os frutos começam a aparecer.
3)Quais são os públicos que estão diretamente envolvidos? Há um perfil comum ou variado destes públicos?
O nosso público é bastante variado. Vários níveis econômicos, vindos de espaços diversos: a universidade, o meio cultural, escolas nas periferias, escolas particulares, jovens, adultos, crianças, idosos, alternativos, roqueiros, LGBTT, sertanejos, evangélicos, percebemos que a nossa música pode entrar em qualquer lugar e acreditamos que isso se
Vejam só:
1)De forma sintética, apresente um breve historio do Grupo. Quais os destaques dentro da trajetória?
Os Passarinhos do Cerrado nasceram há quatro anos, quando começamos a colocar em prática a idéia de trabalhar com cirandas e cantigas de roda. Era um trabalho muito simples, quase ingênuo, mas bonito, que encantou muitas pessoas. Pessoas saíram, pessoas chegaram e no meio do caminho nos apaixonamos pelo coco. Então, há dois anos a proposta mudou bastante.
Temos dois projetos: um de show (palco) e o outro um espetáculo musical (“A peleja da Menina que caiu em conversa de Passarinho”) que atinge todas as faixas etárias. Este espetáculo é o desenvolvimento do trabalho original com a ciranda. Recebemos financiamento da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, e em 2009, com o grande apoio da atriz e bonequeira Izabela Nascente, bem como de toda a Cia Teatral Nu Escuro, criamos esta peça.
O coco é um ritmo de origem nordestina (PB, PE, AL) que tem sido muito bem aceito em Goiás, por ser um ritmo dançante e apaixonante. O nosso público cresce cada dia mais, o que nos deixa realizados, pois acreditamos estar contribuindo para o fortalecimento da cultura popular brasileira e para a diversificação cultural em nosso Estado.
Inicialmente trabalhávamos em nosso repertório cantigas de coquistas pernambucanos, como o grupo Coco Raízes de Arco Verde, Pandeiro do Mestre, Renata Rosa, Cumade Fulôzinha, Zé Neguinho do Coco, Aurinha do Coco, Selma do Coco, e outros. Com o tempo, passamos a cantar músicas autorais, e hoje o nosso repertório é apenas de músicas autorais, cujas letras, na sua maioria, se referem a elementos da cultura goiana e do cerrado.
Hoje buscamos aprofundar e ousar nessa hibridização, agregando elementos rítmicos da folia de reis, congada e catira à matriz do coco, conduzindo a um ‘coco de folia’. Isso interferiu na criação de nossos figurinos, que se adéquam aos temas das nossas canções. O primeiro se referia aos Orixás do Candomblé, enquanto que o segundo já traz elementos do Cerrado como as cores e as flores.
Ultimamente temos participado de vários eventos institucionais em Goiânia e no interior do Estado. Percebemos que tem sido uma preocupação do poder público o fortalecimento e a divulgação da cultura popular, e que o grupo tem sido uma expressão da cultura popular goiana.
Também temos nos dedicado a perpetuar o trabalho, passando pra frente o que aprendemos. Hoje já existe em Goiânia um outro grupo de Coco, o grupo Ponta de Pedra, formado por jovens de 12 a 18 anos, que aprenderam o coco com o Passarinhos do Cerrado e tem conduzido a sua carreira independentemente, sendo reconhecidos por seu talento e responsabilidade.
2)Quais as particularidades do grupo? Quais os valores que conduzem o trabalho?
Acreditamos que uma característica do grupo que o diferencia dos demais e mantém a sua coesão é a autogestão. Não há hierarquia. Tanto no palco quanto na produção e organização. No palco todos cantam e tocam e nos posicionamos lado a lado, sem destacar ninguém.
No centro fica o bombo, que é o instrumento que marca o pulso, o tempo, é o coração do grupo. Na produção, as tarefas são distribuídas igualmente de acordo com as afinidades e habilidades de cada integrante. O que garante o desenvolvimento do grupo é o trabalho em equipe, as diferentes personalidades e habilidades dos integrantes, o companheirismo, talvez mais do que o talento, pois ainda temos muito a crescer sob o aspecto musical.
Também o que nos diferencia é o propósito do nosso trabalho, em defesa da cultura popular brasileira e preservação do cerrado.
Como trabalhamos praticamente sozinhos, acabamos nos dividindo em mil pra darmos conta do recado. Extrapolamos os horários, os limites, o cansaço. E o que explica toda essa dedicação é o amor, a paixão, o comprometimento por um sonho que a gente viu nascer, crescer e agora, os frutos começam a aparecer.
3)Quais são os públicos que estão diretamente envolvidos? Há um perfil comum ou variado destes públicos?
O nosso público é bastante variado. Vários níveis econômicos, vindos de espaços diversos: a universidade, o meio cultural, escolas nas periferias, escolas particulares, jovens, adultos, crianças, idosos, alternativos, roqueiros, LGBTT, sertanejos, evangélicos, percebemos que a nossa música pode entrar em qualquer lugar e acreditamos que isso se
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Mês de aniversário! (E muito trabalho)
Amigos passarinhescos!
Esse mês de abril é muito importante pra gente! Por que estamos fazendo aniversário? Nããão só por isso. Porque simplesmente esse blog não ficará tão largado mais. E pronto. Vamos falar mais das coisas que estão acontecendo. São tantas e tão legais. Vamos compartilhando...
A gente não contou do projeto Ciranda Cultural, né? Mas vamos contar depois, com muitos detalhes!
Resumidamente a gente sai rodando esse estado com um pessoal muito bacana, várias bandas legais, divulgando a PEC 115 que reconhece o Cerrado como bioma. O que é fundamental para que tenham verbas protegendo essa riqueza que temos. Outro aspecto legal do Ciranda é que sempre grupos locais (das cidades escolhidas) se apresentam. Isso faz com que conheçamos muita coisa bacana escondida por aí. Bem, isso tudo pra falar que esse sábado vamos pra Jataí, através desse projeto tão bacana.
Depois, terça-feira, é nossa festa de aniversário! Resolvemos chamar pro palco todos os artistas que admiramos e que têm acompanhado esses nossos quatro anos de vida e que nos ensinaram tanto. Sobem ao palco: Ponta de Pedra, Vida Seca, Cega Machado, De Volta ao Samba, Ciranda de Fogo, Coró de Pau, Nu Escuro, Circo Laheto, Dj Macambira e Dj Múcio! Erreeeeenzga! Vai ser de moer, galera! R$10 conto no Circo Laheto! A partir das 22h.
Quinta-feira vamos encerrar a noite da Semana de Cultura e Cidadania da PUC-Goiás. Estamos muito felizes de pode tocar lá! Para mim (Nádia) e Bruna é muito especial, porque começamos a cantar ali no coral da PUC. Foram 11 anos enfiadas ali. Depois continuei estudando por lá, depois participando da semana cantando, trabalhando.. enfim! Estamos contentes com convite e oportunidade!
Por fim, dias 29 e 30, pra quem não viu e quer veeeeeer, ou pra quem viu e gostou, voltaremos ao Goiânia Ouro com nosso espetáculo: "A peleja da menina que caiu em conversa de passarinho". R$10 inteira e R$5 meia. Vamos nessa?
Esse mês de abril é muito importante pra gente! Por que estamos fazendo aniversário? Nããão só por isso. Porque simplesmente esse blog não ficará tão largado mais. E pronto. Vamos falar mais das coisas que estão acontecendo. São tantas e tão legais. Vamos compartilhando...
A gente não contou do projeto Ciranda Cultural, né? Mas vamos contar depois, com muitos detalhes!
Resumidamente a gente sai rodando esse estado com um pessoal muito bacana, várias bandas legais, divulgando a PEC 115 que reconhece o Cerrado como bioma. O que é fundamental para que tenham verbas protegendo essa riqueza que temos. Outro aspecto legal do Ciranda é que sempre grupos locais (das cidades escolhidas) se apresentam. Isso faz com que conheçamos muita coisa bacana escondida por aí. Bem, isso tudo pra falar que esse sábado vamos pra Jataí, através desse projeto tão bacana.
Depois, terça-feira, é nossa festa de aniversário! Resolvemos chamar pro palco todos os artistas que admiramos e que têm acompanhado esses nossos quatro anos de vida e que nos ensinaram tanto. Sobem ao palco: Ponta de Pedra, Vida Seca, Cega Machado, De Volta ao Samba, Ciranda de Fogo, Coró de Pau, Nu Escuro, Circo Laheto, Dj Macambira e Dj Múcio! Erreeeeenzga! Vai ser de moer, galera! R$10 conto no Circo Laheto! A partir das 22h.
Quinta-feira vamos encerrar a noite da Semana de Cultura e Cidadania da PUC-Goiás. Estamos muito felizes de pode tocar lá! Para mim (Nádia) e Bruna é muito especial, porque começamos a cantar ali no coral da PUC. Foram 11 anos enfiadas ali. Depois continuei estudando por lá, depois participando da semana cantando, trabalhando.. enfim! Estamos contentes com convite e oportunidade!
Por fim, dias 29 e 30, pra quem não viu e quer veeeeeer, ou pra quem viu e gostou, voltaremos ao Goiânia Ouro com nosso espetáculo: "A peleja da menina que caiu em conversa de passarinho". R$10 inteira e R$5 meia. Vamos nessa?
Assinar:
Postagens (Atom)