É... acho que os passarinhos não têm como explicar o que houve esse fim de semana!
Realizar um evento, na cara dura, saindo de porta em porta pedindo apoio, pedindo ajuda de amigos pra vender ingressos, organizar tudo, pensar tudo na loucura, realizar a primeira noite do coco em três semanas, apagar os pequenos incendios mesmo a distância, de brasília, e por fim receber mais de 600 pessoas no Circo.
Nos deparar com tanta gente boa, tantas parcerias como acieg, address, circo, fosforo, nu escuro, como sempre, e claro, Coco Raízes.
Tocar em Brasília, pra 1000 pessoas, num puta festival de cultura popular, estourar o couro do bombo de macaíba e sair correndo pra Goiânia, de figurino e subir no palco quase direto.
Chegar 'em casa' e ver tudo lotado, tantos amigos, tanta gente querida, agitada, dançante, animada, feliz e que souberam receber de braços abertos o ritmo quente das tamancas do Coco Raízes.
Não há palavras que expliquem a emoção de ver o circo cantando "Tô nos braços de mamãe" em coro, as rodas de coco se formando, todos brincando o folguedo.
Acordar e receber em nossa casa (de Bruna e Nádia, que tb é dos Passarinhos) o Coco Raízes de Arcoverde, aqueles que há dois anos só conhecíamos de ouvir no carro, e de tanto escutar, viraram ídolos e em fevereiro, ao assisti-los, tivemos certeza da idolatria. Entre galinhada, tutu, cervejas e pingas, os instrumentos foram aparecendo, rodando nas mãos de todos, o coco rolou, o samba também, as marchinhas, até a sanfona apareceu e veio o forró e até bruno e marrone. Computadores ligados mostrando através da webcam que aquilo não era mentira.
Como num cortejo foram todos saindo de casa para garagem, dançando, cantando, se abraçando, dizendo até breve, fazendo foto oficial, vizinhos saindo pra ver o que era aquilo, e por fim, seu Damião, o mais velho e mais respeitado, canta a última música, como que para agradecer.
Respirar, tentar digerir o que aconteceu, e já partir pra próxima: finalizamos domingo tirando fotos para o espetáculo: A peleja da Menina que caiu em conversa e Passarinho, que estréia dia 11 no Goiânia Ouro.
Não há palavras que traduzam a emoção pros passarinhos.
Nádia Junqueira
domingo, 22 de novembro de 2009
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